segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Estudo da comlurb sobre biogas




POTENCIAL ENERGÉTICO DO BIOGÁS DE ATERROS
As possibilidades de aproveitamento energético do biogás de aterros são várias , entre elas :a) captação do biogás e envio do mesmo através de gasoduto;b) captação e utilização do biogás como combustível veicular;c) geração de energia elétrica através de motores de combustão interna;d) geração de energia elétrica através da tecnologia de células combustíveis, tecnologia em desenvolvimento em várias empresas em todo o mundo, inclusive do setor petrolífero. O CEPEL tem estudos avançados sobre o tema.
A Comlurb já estuda o aproveitamento do biogás desde a década de 70. Em 1977 a Comlurb implantou a 1ª rede de captação de biogás no antigo Aterro do Caju, onde hoje está instalada a Usina do Caju. O biogás captado era enviado por gasoduto para a CEG, Companhia Estadual do Gás, empresa que desenvolveu o projeto juntamente com a Comlurb. Este projeto durou cerca de 10 anos e permitiu o desenvolvimento de equipe para projeto e operação de plantas de biogás.
Em 1985, a Comlurb deu início à utilização do biogás com combustível veicular e chegou a possuir uma frota de cerca de 150 veículos movidos a biogás, além do abastecimento de taxis que utilizavam este combustível. Este projeto durou cerca de 5 anos, até o início das obras da Usina do Caju. No encerramento da captação de biogás, a CEG passou a enviar gás natural para o abastecimento da frota da Comlurb e de terceiros.Em 1996, a Comlurb deu início à recuperação ambiental do Aterro de Gramacho, através de contrato com a empresa Queiroz Galvão, vencedora de concorrência pública para este fim. No âmbito deste contrato, foi instalada no Aterro Sanitário de Gramacho uma rede de captação de biogás, central com filtro e supressores e flare (queimador), conforme fotos em anexo. O projeto da Comlurb levou à instalação de 300 poços de captação de biogás, com o que atingiríamos uma vazão estimada em aprox. 150.000 m³/dia. A rede de captação atualmente existente atinge 55 poços, com uma vazão de aprox. 30.000 m³/dia, que é queimada no flare por razões ambientais (o metano é gás estufa) e de segurança (o metano, em, determinadas concentrações, tem a característica de auto-ignição, no caso de não ser captado e queimado). O biogás de Gramacho tem aprox. 50 % de metano, com um poder calorífico de aprox. 5000 kcal/Nm³.
Quanto ao aproveitamento energético do biogás de Gramacho, a Comlurb com já desenvolveu estudos específicos para Gramacho, com a perfuração experimental de poços e análises do biogás. Comlurb já estudou também a geração de energia elétrica a partir do biogás, dependendo no entanto de tarifas de energia e parceiros que viabilizem o empreedimento dentro das regras do setor elétrico.
O projeto tem um forte apelo ambiental, pela associação com o efeito estufa e ainda com possibilidades de apoio através do MDL (mecanismo de desenvolvimento limpo), proposição brasileira para viabilização do Protocolo de Kioto; a Comlurb tem um Acordo de Cooperação Técnica para análise desta possibilidade.Finalmente, a Comlurb também estudou, além da geração de energia a partir de motores, a possibilidade de instalação de uma célula combustível experimental para geração de energia elétrica a partir do biogás. Este projeto seria desenvolvido juntamente com o CEPEL.

Mais gigogas pra gente

01/02/2006 - 11h00
Gigogas proliferam em praias cariocas

TALITA FIGUEIREDOColaboração para a Folha de S.Paulo, no RioMais de 600 toneladas de gigogas foram recolhidas das praias do Rio desde 21 de dezembro do ano passado. Apenas ontem, foram 50 toneladas. O alto índice de poluição das águas do complexo lagunar de Jacarepaguá, na zona oeste, é a razão da intensa proliferação de gigogas, pois elas são plantas que obtêm nutrientes de material orgânico.O contato físico com as gigogas pode causar doenças de pele, diarréia, hepatite, sinusites, otites, entre outras.Na semana passada, a Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas) assumiu o trabalho de contenção e instalou uma barreira emergencial na lagoa da Tijuca (zona oeste). A chuva intensa da última sexta rompeu a barreira.O fluxo da maré levou as gigogas às praias da Barra e São Conrado (zona oeste) e Ipanema e Leblon (zona sul). Desde sábado, 165 toneladas da planta foram recolhidas.Até o fim da semana, técnicos da Serla vão definir o projeto de instalação de quatro barreiras em diferentes pontos das lagoas, o que deverá impedir que a mudança de maré leve as gigogas para as praias.As gigogas causam danos ao ambiente e assustam banhistas principalmente nos meses em quem a cidade recebe mais turistas. As plantas, que são de água doce, morrem quando entram em contato com a água salgada, o que causa mau cheiro.As gigogas fazem parte do ecossistema das lagoas do complexo de Jacarepaguá. Como lá se despeja até oito toneladas de esgoto sem tratamento por segundo, a planta tem nutrientes para se multiplicar sem controle. Quando chove, elas se desprendem e levam para as praias todo o lixo que está acumulado nelas.A conclusão do emissário submarino da Barra poderá amenizar o problema, já que o esgoto passará a ser lançado em alto-mar.

Reportagem da Folha sobre o problema das gigogas

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u117919.shtml

02/02/2006 - 20h47
Comlurb recolhe 238,5 toneladas de gigogas no Rio

A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) retirou 238,5 toneladas de gigogas das praias do Rio nos últimos seis dias. As gigogas são plantas que obtêm nutrientes de material orgânico e se proliferam em ambientes poluídos.O contato com as plantas pode causar doenças de pele, diarréia, hepatite, sinusites, otites, entre outras.Apenas nesta quinta-feira, foram removidas 67,5 toneladas nas praias da Barra da Tijuca, entre a avenida Belizário Leite e o Quebra-Mar, e em Ipanema, entre o Jardim de Alah e a rua Rainha Elisabeth.O trabalho foi realizado por 33 garis, com apoio de dois tratores e um caminhão compactador. A expectativa é de que a remoção continue hoje à noite e amanhã, na praia da Barra da Tijuca.