segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Mais gigogas pra gente

01/02/2006 - 11h00
Gigogas proliferam em praias cariocas

TALITA FIGUEIREDOColaboração para a Folha de S.Paulo, no RioMais de 600 toneladas de gigogas foram recolhidas das praias do Rio desde 21 de dezembro do ano passado. Apenas ontem, foram 50 toneladas. O alto índice de poluição das águas do complexo lagunar de Jacarepaguá, na zona oeste, é a razão da intensa proliferação de gigogas, pois elas são plantas que obtêm nutrientes de material orgânico.O contato físico com as gigogas pode causar doenças de pele, diarréia, hepatite, sinusites, otites, entre outras.Na semana passada, a Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas) assumiu o trabalho de contenção e instalou uma barreira emergencial na lagoa da Tijuca (zona oeste). A chuva intensa da última sexta rompeu a barreira.O fluxo da maré levou as gigogas às praias da Barra e São Conrado (zona oeste) e Ipanema e Leblon (zona sul). Desde sábado, 165 toneladas da planta foram recolhidas.Até o fim da semana, técnicos da Serla vão definir o projeto de instalação de quatro barreiras em diferentes pontos das lagoas, o que deverá impedir que a mudança de maré leve as gigogas para as praias.As gigogas causam danos ao ambiente e assustam banhistas principalmente nos meses em quem a cidade recebe mais turistas. As plantas, que são de água doce, morrem quando entram em contato com a água salgada, o que causa mau cheiro.As gigogas fazem parte do ecossistema das lagoas do complexo de Jacarepaguá. Como lá se despeja até oito toneladas de esgoto sem tratamento por segundo, a planta tem nutrientes para se multiplicar sem controle. Quando chove, elas se desprendem e levam para as praias todo o lixo que está acumulado nelas.A conclusão do emissário submarino da Barra poderá amenizar o problema, já que o esgoto passará a ser lançado em alto-mar.

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