domingo, 9 de setembro de 2007

Reportagem



Quarta-Feira , 01 de Fevereiro de 2006
Tapete de gigogas


Fatalmente, depois da chuva de ontem, a qualidade da água das praias ficou bem ruim. Na Barra, além do esgoto, o problema são as gigogas. As barreiras provisórias nas lagoas não conseguem mais conter a grande quantidade de plantas.
Vista do alto, a Lagoa da Tijuca parece um gramado. De manhã quase não dava pra ver a água. Com as fortes chuvas dos últimos dias a quantidade de gigogas aumentou. As plantas descem os rios, canais e lagoas em direção ao mar. Muitas estão acumuladas desde sábado na areia da Praia da Barra da Tijuca.
Hoje a equipe do RJTV acompanhou o biólogo Mário Moscatelli, de barco, até a antiga base náutica da Comlurb. Na parte final da lagoa uma surpresa. “É impressionante você ter de espelho de água 30 mil metros quadrados, o equivalente a três campos de futebol, completamente impermeabilizados por gigogas”, aponta o biólogo.
Segundo especialistas, durante a maré baixa o nível do oceano desce e facilita o escoamento das gigogas para o mar. De manhã a maré estava alta e mesmo assim a quantidade de gigogas era enorme. À tarde o volume destas plantas nas praias do Rio pode aumentar.
O biólogo explica que as barragens provisórias instaladas pela Superintendência Estadual de Rios e Lagoas, a Serla, não são capazes de conter o número de gigogas e o lixo que chega junto com as plantas. “Devido às chuvas fortes e intensas, a barreira não tem sua função flutuadora, e a gigoga passa por baixo”, explica Mario Moscatelli.
Ontem o presidente da Serla, Ícano Moreno, esteve em São Paulo para conhecer novas tecnologias que ajudem na instalação de uma barreira definitiva. “Nós máximo dois meses, no máximo, vamos instalar a barreira. Uma barreira que resista a esse maracanã de gigoga”.
Água marrom
A cor da água nas Lagoas e na Praia da Barra está muito barrenta. A Superintendência Estadual de Rio e Lagoas afirma que as barreias contras as gigogas estão funcionando, mas algumas escaparam quando as barreiras se romperam no fim de semana e a sujeita chegou ao mar. A cor marrom da água em nada lembra o azul e verde que costumam colorir as praias do Rio.

sábado, 18 de agosto de 2007

Historia do biodigestor


* Biodigestor - O biodigestor é um sistema utilizado para a produção de gás natural ( Metano - CH4 ), através de um processo anaeróbico na degradação de polímeros orgânicos derivados de matéria biodegradável, resíduos alimenticeis, esgoto, substrato da cana-de-açúcar , vinhaça, esterco orgânico e demais materiais biodegradáveis. Foi identificado pela primeira vez em 1776 por Alessandro Volta, em 1857 na Índia, nas proximidades de Bombaim houve a primeira instalação para a produção de gás combustível, hoje estima-se que haja naquele país 150000 unidades instaladas. Em outros países como europeus e Asiáticos como a Alemanha e China desenvolve-se a técnica da produção de bio-gás na eliminação de resíduos de esgoto. O sistema consiste de um Biodigestor, equipamento este feito em alvenaria e localizado a alguns metros abaixo da terra, possui uma câmpula por onde sai o gás, uma entrada de material e uma saída de emergentes, que na verdade é adubo químico de ótima qualidade. O gás produzido tem suas aplicações na iluminação, uso em fogões, geladeiras e motores de ciclo-otto. No Brasil a primeira aplicação foi na Granja do Torto em Brasília em 1976, de um biodigestor modelo chinês e que vem funcionando contento. Não é justificativa que um país rico em biomassa, um dos maiores produtores de gado e aves do mundo, grande produtor de resíduos vegetais (cereais), maior produtor de vinhaça do mundo, ainda encontre regiões iluminadas a custo de querosene caro. Lembramos que a Índia tinha a capacidade energética gerada por 4,5 milhões de biodigestores é superior a capacidade energética do Brasil em 1980,e que teria falido por poluição e falta de fertilizante se não fosse os biodigestores.


segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Estudo da comlurb sobre biogas




POTENCIAL ENERGÉTICO DO BIOGÁS DE ATERROS
As possibilidades de aproveitamento energético do biogás de aterros são várias , entre elas :a) captação do biogás e envio do mesmo através de gasoduto;b) captação e utilização do biogás como combustível veicular;c) geração de energia elétrica através de motores de combustão interna;d) geração de energia elétrica através da tecnologia de células combustíveis, tecnologia em desenvolvimento em várias empresas em todo o mundo, inclusive do setor petrolífero. O CEPEL tem estudos avançados sobre o tema.
A Comlurb já estuda o aproveitamento do biogás desde a década de 70. Em 1977 a Comlurb implantou a 1ª rede de captação de biogás no antigo Aterro do Caju, onde hoje está instalada a Usina do Caju. O biogás captado era enviado por gasoduto para a CEG, Companhia Estadual do Gás, empresa que desenvolveu o projeto juntamente com a Comlurb. Este projeto durou cerca de 10 anos e permitiu o desenvolvimento de equipe para projeto e operação de plantas de biogás.
Em 1985, a Comlurb deu início à utilização do biogás com combustível veicular e chegou a possuir uma frota de cerca de 150 veículos movidos a biogás, além do abastecimento de taxis que utilizavam este combustível. Este projeto durou cerca de 5 anos, até o início das obras da Usina do Caju. No encerramento da captação de biogás, a CEG passou a enviar gás natural para o abastecimento da frota da Comlurb e de terceiros.Em 1996, a Comlurb deu início à recuperação ambiental do Aterro de Gramacho, através de contrato com a empresa Queiroz Galvão, vencedora de concorrência pública para este fim. No âmbito deste contrato, foi instalada no Aterro Sanitário de Gramacho uma rede de captação de biogás, central com filtro e supressores e flare (queimador), conforme fotos em anexo. O projeto da Comlurb levou à instalação de 300 poços de captação de biogás, com o que atingiríamos uma vazão estimada em aprox. 150.000 m³/dia. A rede de captação atualmente existente atinge 55 poços, com uma vazão de aprox. 30.000 m³/dia, que é queimada no flare por razões ambientais (o metano é gás estufa) e de segurança (o metano, em, determinadas concentrações, tem a característica de auto-ignição, no caso de não ser captado e queimado). O biogás de Gramacho tem aprox. 50 % de metano, com um poder calorífico de aprox. 5000 kcal/Nm³.
Quanto ao aproveitamento energético do biogás de Gramacho, a Comlurb com já desenvolveu estudos específicos para Gramacho, com a perfuração experimental de poços e análises do biogás. Comlurb já estudou também a geração de energia elétrica a partir do biogás, dependendo no entanto de tarifas de energia e parceiros que viabilizem o empreedimento dentro das regras do setor elétrico.
O projeto tem um forte apelo ambiental, pela associação com o efeito estufa e ainda com possibilidades de apoio através do MDL (mecanismo de desenvolvimento limpo), proposição brasileira para viabilização do Protocolo de Kioto; a Comlurb tem um Acordo de Cooperação Técnica para análise desta possibilidade.Finalmente, a Comlurb também estudou, além da geração de energia a partir de motores, a possibilidade de instalação de uma célula combustível experimental para geração de energia elétrica a partir do biogás. Este projeto seria desenvolvido juntamente com o CEPEL.

Mais gigogas pra gente

01/02/2006 - 11h00
Gigogas proliferam em praias cariocas

TALITA FIGUEIREDOColaboração para a Folha de S.Paulo, no RioMais de 600 toneladas de gigogas foram recolhidas das praias do Rio desde 21 de dezembro do ano passado. Apenas ontem, foram 50 toneladas. O alto índice de poluição das águas do complexo lagunar de Jacarepaguá, na zona oeste, é a razão da intensa proliferação de gigogas, pois elas são plantas que obtêm nutrientes de material orgânico.O contato físico com as gigogas pode causar doenças de pele, diarréia, hepatite, sinusites, otites, entre outras.Na semana passada, a Serla (Superintendência Estadual de Rios e Lagoas) assumiu o trabalho de contenção e instalou uma barreira emergencial na lagoa da Tijuca (zona oeste). A chuva intensa da última sexta rompeu a barreira.O fluxo da maré levou as gigogas às praias da Barra e São Conrado (zona oeste) e Ipanema e Leblon (zona sul). Desde sábado, 165 toneladas da planta foram recolhidas.Até o fim da semana, técnicos da Serla vão definir o projeto de instalação de quatro barreiras em diferentes pontos das lagoas, o que deverá impedir que a mudança de maré leve as gigogas para as praias.As gigogas causam danos ao ambiente e assustam banhistas principalmente nos meses em quem a cidade recebe mais turistas. As plantas, que são de água doce, morrem quando entram em contato com a água salgada, o que causa mau cheiro.As gigogas fazem parte do ecossistema das lagoas do complexo de Jacarepaguá. Como lá se despeja até oito toneladas de esgoto sem tratamento por segundo, a planta tem nutrientes para se multiplicar sem controle. Quando chove, elas se desprendem e levam para as praias todo o lixo que está acumulado nelas.A conclusão do emissário submarino da Barra poderá amenizar o problema, já que o esgoto passará a ser lançado em alto-mar.

Reportagem da Folha sobre o problema das gigogas

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u117919.shtml

02/02/2006 - 20h47
Comlurb recolhe 238,5 toneladas de gigogas no Rio

A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) retirou 238,5 toneladas de gigogas das praias do Rio nos últimos seis dias. As gigogas são plantas que obtêm nutrientes de material orgânico e se proliferam em ambientes poluídos.O contato com as plantas pode causar doenças de pele, diarréia, hepatite, sinusites, otites, entre outras.Apenas nesta quinta-feira, foram removidas 67,5 toneladas nas praias da Barra da Tijuca, entre a avenida Belizário Leite e o Quebra-Mar, e em Ipanema, entre o Jardim de Alah e a rua Rainha Elisabeth.O trabalho foi realizado por 33 garis, com apoio de dois tratores e um caminhão compactador. A expectativa é de que a remoção continue hoje à noite e amanhã, na praia da Barra da Tijuca.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Usina de biogás gera hidrogênio e metano a partir do lixo doméstico





O tratamento de esgoto é uma tarefa essencial para a manutenção da saúde da população e do meio-ambiente. Melhor ainda seria se esse lixo pudesse ser transformado em energia, o que baratearia o custo do seu tratamento, além de diminuir a exigência de exploração de outros recursos energéticos.
Pois esta é justamente a proposta dos engenheiros do Instituto Nacional de Ciências Avançadas e Tecnologia (AIST), do Japão. Eles acabam de inaugurar a primeira usina de biogás do mundo capaz de gerar hidrogênio e metano a partir de lixo doméstico.
A pequena usina, em escala piloto, utiliza um processo de fermentação em duas etapas para transformar lixo orgânico doméstico em gases que poderão ser utilizados de diversas formas, seja para a geração direta de calor, produção de energia elétrica ou, no futuro, até mesmo para abastecer veículos movidos a células de combustível a hidrogênio.
Os dois estágios do processamento - solubilização e fermentação do hidrogênio e fermentação do metano - conseguiram reduzir o tempo total de processamento de 25 para apenas 15 dias, com uma recuperação de energia de até 55%.
A solubilização e fermentação do hidrogênio utiliza uma complexa microflora isolada pelos pesquisadores como um estágio preliminar à fermentação do metano, derivando hidrogênio e metano de lixo orgânico sólido que contenha um alto teor de água.

Processo de lavage dos gases

SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE FULIGEM
Para atender às regulamentações ambientais de hoje, os gases emitidos por caldeiras que
utilizam bagaço de cana e outros tipos de biomassa similares devem, obrigatoriamente, passar
por uma etapa de lavagem eficiente para remoção das partículas sólidas que são arrastadas. A
opção de lavagem de gases via úmida, embora adequada e barata, esbarra na dificuldade de
contar com um processo eficiente de remoção da fuligem da água.
No caso das usinas de açúcar e álcool, principalmente nesse momento em que há uma grande
ampliação de parques industriais para atender aos programas de co-geração de energia, deve
ser dada atenção prioritária ao tratamento dos efluentes gerados na lavagem dos cinzeiros e
dos gases emitidos pelas caldeiras. Assim, é mister a adoção de uma tecnologia que permita a
remoção total das partículas sólidas destas correntes, bem como o reaproveitamento da água
utilizada no processo.
Para resolver esse problema, a ENGENHO NOVO / TECEN desenvolveu e introduziu no
mercado uma nova tecnologia para o tratamento da água com fuligem da lavagem dos gases e
cinzeiros das caldeiras que atende aos requisitos de eficiência, simplicidade e baixo custo de
investimento e operação. O sistema opera em circuito fechado, possibilitando a recirculação de
toda a água para o processo e a separação dos sólidos de forma compacta e apropriada para o
transporte.
Para a instalação de um sistema de limpeza de gases de caldeiras que utilizam biomassa como
matéria prima, alguns aspectos importantes devem ser considerados no projeto e na seleção
da tecnologia a ser empregada.
Limpeza de Gases e Limpeza de Cinzeiros:
Na queima de bagaço de cana nas caldeiras, a parte mais leve dos sólidos residuais é
arrastada junto aos gases de exaustão, requerendo a instalação de sistemas de remoção dos
sólidos desses gases, para que estes se enquadrem aos parâmetros exigidos pela legislação
ambiental. Os sólidos não arrastados pelos gases se depositam nos cinzeiros das caldeiras e
também precisam ser removidos, para evitar a obstrução do equipamento e a perda de
eficiência.
Qualidade e Quantidade de Sólidos:
A qualidade e a quantidade dos sólidos residuais oriundos da queima do bagaço independem
dos sistemas de limpeza a serem empregados. Sua qualificação e quantificação, embora
extremamente difícil de serem previstas, são fundamentais para um adequado
dimensionamento dos sistemas de limpeza.
De forma geral, os sólidos residuais compreendem, além de fuligem de bagaço, grande
quantidade de material não queimado e resíduos minerais oriundos do solo (areia e argila). O
total de fuligem esperado pode ser relacionado diretamente à capacidade de geração de vapor
da caldeira. A quantidade de bagaço mal queimado depende da eficiência de queima da
caldeira, a qual depende do tipo e das condições operacionais do equipamento. Caldeiras mais
modernas tendem a gerar menos bagaço mal queimado. Os sólidos minerais dependem dos
processos de colheita e transporte da cana, bem como, da existência e dos tipos de sistemas
de lavagem da cana na indústria. Com o aumento da colheita mecanizada, e conseqüente
redução da utilização de água de lavagem na cana, maior quantidade desses sólidos vem
sendo admitida nas caldeiras.

Importante ainda salientar que cada um dos sólidos mencionados acima apresenta
características diferentes de densidade e granulometria, que afetam em muito o
comportamento frente aos processos usuais de separação.
Sistemas de Limpeza de Fuligem:
Os sistemas de limpeza de fuligem existentes na técnica seguem duas rotas principais: via
seca e via úmida.
Para a limpeza de cinzeiros é comum a utilização da via úmida, onde a água é o veículo de
transporte dos sólidos. Quando a operação é feita em circuito fechado, a água com os resíduos
removidos dos cinzeiros deve passar por um sistema complementar de tratamento para sua
limpeza, assim evitando problemas de entupimentos de linhas, além de desgastes em
tubulações e em equipamentos.
Os sistemas de limpeza de gases existentes na técnica podem ser do tipo via seca ou via
úmida. Na via seca estão compreendidos os equipamentos do tipo Ciclones e Separadores
Eletrostáticos. Sistemas tipo Ciclone foram instalados em usinas de açúcar no Brasil, porém, de
forma geral, a qualidade dos gases emitidos não atende à legislação ambiental. Por outro lado,
os sistemas tipo Separador Eletrostático apresentam qualidade de separação superior a dos
Ciclones, entretanto, esse sistema demanda alto investimento, o que torna sua aplicação
proibitiva.
Os sistemas de limpeza de gases que utilizam a via úmida (lavadores de gases) são os de
concepção mais simples, de menor investimento, e apresentam grande eficiência. Nestes
sistemas, a limpeza dos gases e dos cinzeiros deve ser feita com água limpa. No caso de uma
operação em circuito fechado, a água de lavagem, após passar pelas caldeiras, deve seguir
para um sistema de tratamento para separação do material sólido que foi removido dos gases
e dos cinzeiros, a fim de permitir o seu reciclo.
Entretanto, esta opção de limpeza via úmida foi muitas vezes preterida, em razão de não estar
disponível um processo eficiente para a remoção dos sólidos da água de lavagem, o que
permitiria seu reciclo e operação em circuito fechado.
Transporte e Remoção dos Sólidos:
Uma vez separados, os resíduos de queima precisam ser removidos da indústria. A viabilidade
de implantação de sistemas de limpeza depende, em muito, dos sistemas a serem empregados
para o manuseio e transporte desses sólidos. A prática de lançamento destes resíduos na água
de lavagem da cana vem se tornando cada dia mais inviável. Por um lado, as pressões
ambientais para despejos hídricos e, por outro, os custos da água e os próprios requisitos do
processo industrial, vem exigindo a introdução de sistemas de reciclo de água em circuito
fechados e independentes. Para viabilizar a sua remoção da indústria por via rodoviária, os
sólidos residuais devem ser concentrados, transportados e dispostos de forma apropriada,
evitando-se ao máximo a necessidade de utilização de pás carregadeiras, correias
transportadoras e equipamentos similares que apresentam altos custos de investimento,
operação e manutenção.

Processo ENGENHO NOVO de Tratamento de Água de Fuligem:
De forma geral o processo ENGENHO NOVO de tratamento de água de fuligem compreende a
floculação dos resíduos e a posterior decantação rápida dos sólidos floculados. O lodo
contendo o material sólido extraído no decantador é transportado hidraulicamente para uma
etapa de concentração em peneiras para posterior descarte, enquanto a água limpa é reciclada
diretamente para os cinzeiros e para os bicos lavadores de gases. Como vantagens principais
do sistema tem-se:
. Obtenção de uma água limpa, livre de sólidos em suspensão, pronta para ser reciclada para
os lavadores de gases;
. Projeto mecânico das células de decantação compatível com as velocidades de
sedimentação dos sólidos presentes, o que se traduz em um sistema compacto e com
reduzido tempo de retenção;
. Transporte hidráulico do resíduo sólido separado, dispensando mecanismos com esteiras,
correntes, redutores, etc., de alto custo de manutenção;
. Resíduos sólidos concentrados e adequados para descarte via transporte rodoviário;
. Sistema modular flexível para qualquer capacidade de tratamento e que permite expansões.
Descrição do Processo:
No desenho da Figura 1 é apresentado o processo de forma esquemática. A água com fuligem
oriunda dos cinzeiros e lavadores de gases é admitida em uma câmara de floculação
localizada na entrada da célula de decantação, onde recebe a dosagem de cerca de 0,5 ppm
de produto auxiliar de floculação, desenvolvido especialmente para a floculação de fuligem.
Já floculada, a água com fuligem segue para uma segunda câmara na célula de decantação
onde ocorre a sedimentação dos sólidos floculados no fundo do tanque. Na Figura 2 é
mostrada uma simulação em vitro das várias etapas de decantação da água de fuligem no
interior do decantador, após a etapa de floculação.
O lodo de fuligem decantado no fundo do tanque escoa por gravidade para um tanque de lodo,
e deste tanque é bombeado para peneiras estáticas tipo DSM ou similar (Figuras 3 e 4), onde
os sólidos são separados e descarregados para uma moega para serem transportados. A água
peneirada retorna para o início do processo de tratamento. Nas peneiras ocorre a separação
de grande parte das partículas sólidas inferiores à granulometria das telas, devido à
superposição de lodo sobre a tela que age como auxiliar filtrante, e também graças ao efeito de
floculação ainda presente no meio.
A água clarificada, livre de partículas sólidas, verte por gravidade do tanque de decantação
(Figuras 5 e 6) para um tanque de água limpa, onde é feita a alimentação de água de make-up
para reposição do volume perdido no processo. Deste tanque, a água limpa é bombeada de
volta para os sistemas de lavagem de gases e de cinzeiros. Nas Figuras 7 e 8 é mostrada uma
unidade instalada para o tratamento de 600 m3/h de água de fuligem.

Biodigestor com o lixo in natura(sem o porcesso de moagem do lixo)

http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010115041025

Biodigestor gera energia a partir de lixo "in natura"Da redação25/10/2004
Milhões de toneladas de lixo são geradas diariamente e depositadas em aterros sanitários. Esse é um dos principais problemas ambientais das grandes cidades. Além dos riscos ambientais, a deposição do lixo representa apenas gastos, demandando parcelas significativas dos orçamentos municipais.
Mas o trabalho de uma engenheira norte-americana poderá ajudar a minorar esse problema. Ela está construindo um biodigestor anaeróbico capaz de processar o lixo em sua forma "natural", tal como é coletado pelos caminhões nas residências.
Os biodigestores atuais requerem a moagem do lixo, o que elimina os ganhos de geração de energia ao incluir uma etapa adicional de processamento e manuseio.
O projeto é tão promissor que a bioambientalista Ruihong Zhang, da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, recebeu um financiamento de US$4 milhões para construir o protótipo do seu biodigestor.
O conceito é elegantemente simples: entra lixo, sem qualquer tratamento adicional, e sai biogás, que pode ser queimado como combustível em turbinas para a geração de eletricidade.
O protótipo deverá estar pronto até o final deste ano. Ele consumirá cerca de três toneladas de lixo "in natura" por dia, coletados normalmente pela cidade. O biodigestor deverá gerar 600 kilowatts/hora de energia, o suficiente para abastecer 15 residências no padrão norte-americano.

Gerador de eletricidade a parti de biomassa


Gerador de eletricidade a partir da biomassa leva luz a comunidades carentesThiago RomeroAgência FAPESP29/06/2007

Cascas de árvores, caroços de açaí e lascas de madeira de cedro são alguns tipos de resíduos vegetais testados e aprovados para serem transformados em energia elétrica por um gaseificador desenvolvido na Universidade de Brasília (UnB). O equipamento foi apresentado a representantes do Departamento de Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME) e será usado no programa Luz para Todos.
Gaseificador estratificado
Chamado de gaseificador downdraft estratificado, o equipamento é composto de um cilindro de cimento refratário de 1 metro de altura, no qual a biomassa é inserida por uma abertura superior. O gás gerado pela queima desses resíduos passa por um processo de pós-tratamento para a separação de material particulado e, em seguida, alimenta um pequeno motor que aciona e mantém em operação um gerador de energia elétrica.
O sistema foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Engenharia Mecânica (ENM) e do Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDS) da UnB, coordenados pelos professores Armando Caldeira e Carlos Alberto Gurgel.
"O gás é automaticamente sugado pelo motor, que começa a funcionar acoplado ao gerador. A vibração do motor é então transferida para o gerador que, após ser agitado em alta freqüência, consegue manter o sistema homogêneo para a geração de eletricidade. O gás substitui a maior parte do combustível fóssil do motor", disse Gurgel à Agência FAPESP.
Economica de diesel
Segundo o professor do ENM, com base em cálculos realizados no Laboratório de Energia e Ambiente, se o mesmo gerador utilizado pelo equipamento fosse acoplado somente a um motor que utilizasse 100% do diesel disponível, seria possível gerar até 7,5 quilowatts-hora (kWh).
"No nosso equipamento, o motor é regulado para utilizar apenas 15% do óleo diesel original. O restante da operação é feito com o gás da biomassa. Considerando as perdas no processo de queima dos resíduos vegetais, o sistema é capaz de gerar praticamente a mesma quantidade de energia: 6 kWh", explica o professor.
A primeira unidade do equipamento será instalada em uma comunidade no município de Correntina, interior da Bahia, e terá capacidade de 5 kWh. Hoje, essa comunidade tem cerca de dez famílias e vive com apenas 1 kWh, o que é suficiente para atender apenas a casa da liderança.
"Com 5 kWh, a comunidade como um todo poderá ser atendida em usos mais básicos, como em pequenos pontos de luz nas residências ou em uma geladeira centralizada que abasteça várias famílias, por exemplo", disse Gurgel. Com o surgimento de novas demandas pelos habitantes da comunidade, os pesquisadores deverão planejar novos pontos de energia.
Simplicidade tecnológica
Apesar de inicialmente ter sido planejada para atender à demanda de 5 kWh da comunidade de Correntina, o professor da ENM aponta que a tecnologia desenvolvida para o gaseificador permite gerar até 30 kWh, o suficiente para abastecer cerca de cem famílias com cinco pessoas cada, no padrão do programa Luz para Todos.
"O sistema de gaseificação é extremamente simples e não tem nenhum componente tecnológico que não possa ser fabricado no Brasil", disse Gurgel. As pesquisas têm apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnlógico (CNPq), das Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte) e do Ministério de Minas e Energia (MME).
Criado em 2004 pelo governo federal, o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica (Luz para Todos), tem o objetivo de levar energia elétrica para regiões isoladas do país, especialmente para a população rural, contribuindo para o aumento da renda familiar.

domingo, 5 de agosto de 2007

Iniciando o blog

Esse blog é apenas para deixar registrado todos os passos que fizemos no projeto do Biodigestor.
Aqui você poderá acessar todo ou quase todo conteudo do nosso projeto, pesquisas,dados do governo,procedimentos adotados e etc.

vlw