domingo, 9 de setembro de 2007

Reportagem



Quarta-Feira , 01 de Fevereiro de 2006
Tapete de gigogas


Fatalmente, depois da chuva de ontem, a qualidade da água das praias ficou bem ruim. Na Barra, além do esgoto, o problema são as gigogas. As barreiras provisórias nas lagoas não conseguem mais conter a grande quantidade de plantas.
Vista do alto, a Lagoa da Tijuca parece um gramado. De manhã quase não dava pra ver a água. Com as fortes chuvas dos últimos dias a quantidade de gigogas aumentou. As plantas descem os rios, canais e lagoas em direção ao mar. Muitas estão acumuladas desde sábado na areia da Praia da Barra da Tijuca.
Hoje a equipe do RJTV acompanhou o biólogo Mário Moscatelli, de barco, até a antiga base náutica da Comlurb. Na parte final da lagoa uma surpresa. “É impressionante você ter de espelho de água 30 mil metros quadrados, o equivalente a três campos de futebol, completamente impermeabilizados por gigogas”, aponta o biólogo.
Segundo especialistas, durante a maré baixa o nível do oceano desce e facilita o escoamento das gigogas para o mar. De manhã a maré estava alta e mesmo assim a quantidade de gigogas era enorme. À tarde o volume destas plantas nas praias do Rio pode aumentar.
O biólogo explica que as barragens provisórias instaladas pela Superintendência Estadual de Rios e Lagoas, a Serla, não são capazes de conter o número de gigogas e o lixo que chega junto com as plantas. “Devido às chuvas fortes e intensas, a barreira não tem sua função flutuadora, e a gigoga passa por baixo”, explica Mario Moscatelli.
Ontem o presidente da Serla, Ícano Moreno, esteve em São Paulo para conhecer novas tecnologias que ajudem na instalação de uma barreira definitiva. “Nós máximo dois meses, no máximo, vamos instalar a barreira. Uma barreira que resista a esse maracanã de gigoga”.
Água marrom
A cor da água nas Lagoas e na Praia da Barra está muito barrenta. A Superintendência Estadual de Rio e Lagoas afirma que as barreias contras as gigogas estão funcionando, mas algumas escaparam quando as barreiras se romperam no fim de semana e a sujeita chegou ao mar. A cor marrom da água em nada lembra o azul e verde que costumam colorir as praias do Rio.